Como é possível que uma coisinha que cabe na palma da mão, ser um ser tão cheio de vida?! A miúda não para por um segundo... Em tom de desepero e de preocupação, já pensava em voz alta: - Vá, sossegadita, experimenta deitar-te e fechar os olhinhos, deves estar cansada! - mas nada, eu bem que tentava coloca-la no seu cesto cinza para fazer uma sesta, mas ela divertia-se a saltar para o chão! Parece que a hora do recreio chegou... Outra vez...
No final do dia, lá se rendia ao cansaço e dormia que nem um bebé. Ainda tentava lutar contra o sono, mantendo um olho aberto e o outro meio fechado, mas claro está, lutava contra as evidências. O sono acabava por vencer, pois um gatinho de cinco semanas precisa de dormir, mas dormir muito. E isso era coisa que a Mia amora não estava disposta a fazer. Com um pouco de paciência e de luz quase inexistente, começava a habituar-se à ideia de que o dia não era feito só de traquinices.